Quanto mais equilibramos nossos chacras, em especial o chacra laríngeo, mais facilmente conseguimos ver o mundo de uma forma mais harmoniosa. O mundo gradativamente passa a ser visto como uma escola e não como uma arena onde temos que “matar um leão a cada dia”...
A meditação pode ser a ferramenta que nos auxiliará a construir em nosso dia-a-dia o estado meditativo que nos ajudará a sentir menos a resistência do meio em que vivemos.
Sri Ramakrishna é considerado um avatar pelos hindus, uma encarnação divina. Este mestre passou a seguinte prática: ASTI – BASTHI – PRIYAM.
Primeiramente precisamos construir ASTI (permitir ao outro ser o que ele é). Quando nos relacionamos com as pessoas, em muitos casos, acabamos projetando nossos próprios ideais sobre o outro. Isso faz com que nos relacionemos com o que pensamos ou desejamos que o outro seja e não com o que ele é de verdade. Quando isso acontece, acabamos impedindo que o próximo passo ocorra.
Precisamos aceitar o outro como ele se apresenta e não como desejamos que ele seja. Isso possibilita que ocorra BASTHI (revelar, existir). Quando aceitamos o outro permitimos que ele exista realmente para nós, ocorre a revelação do outro para nós. Se não for assim, sem que percebamos, acabamos nos relacionando com as fantasias que criamos sobre o outro e não com a realidade.
Se o outro se “revela” para nós porque o aceitamos, ocorre o terceiro passo que é PRIYAM (carinho, respeito). Se não permitimos que o outro “exista” verdadeiramente para nós, PRIYAM não tem como acontecer, pois estaremos sempre num movimento de imposição, de frustração, sempre no intuito de querer que o outro aceite nossas formas de pensar e cumpra as expectativas que projetamos sobre ele.
Na verdade, a prática de Sri Ramakrishna é: ASTI (permita o outro ser). Quando permitimos que o outro seja, invariavelmente o outro se revela, (BASTHI). Quando o outro se revela, podemos observar o que realmente ele é e temos condições de construir o respeito e o carinho (PRIYAM).
Desenvolver o PRIYAM significa acolher o que o outro é, porém não significa que devamos estar coniventes com formas de ser nitidamente distorcidas ou nocivas. Muitas vezes alertar o outro até mesmo de forma mais dura não significa não aceita-lo. E isso vale não só em relação a pessoas, mas também em relação a qualquer objeto de nosso foco, como por exemplo, nossos impasses emocionais. Uma vez completo esse processo, você pode concordar ou não, porém você não estará tentando controlar o que vai além de você mesmo e estará trazendo serenidade ao seu ser.
Se pautando nestes três preceitos em nosso dia-a-dia, estaremos criando condições de harmonizar todos os chacras e também estaremos colaborando bastante para o desenvolvimento da nossa capacidade meditativa.
Por Priscila Koller
*** (Texto baseado no curso de meditação - Yoga Bhavani)
PK Cursos Universalistas
O Conhecimento que é Vivenciado!
27/07/2019
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