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Introdução Sobre Constelações Familiares

(Parte 2)


Bert Hellinger é conhecido por ter criado a abordagem terapêutica das Constelações Familiares Sistêmicas. Ele nasceu em Leimen, Alemanha, em 1925 e durante sua juventude, estudou em um colégio interno católico, pois tinha aspirações de se tornar um religioso.


Durante o período em que Hitler estava no poder, a escola interna onde estudava acabou sendo encerrada, o que o levou a se juntar a um pequeno grupo de colegas no ginásio de Kessel. No entanto, este grupo era frequentemente monitorado pela Gestapo, a polícia secreta do Estado.


Após Bert e seus colegas terem sido descobertos, eles foram forçados a se alistar no exército alemão. Após o término da guerra, Hellinger retomou sua vida religiosa e decidiu estudar teologia, filosofia e pedagogia. Aos 29 anos, partiu para a África do Sul, onde atuou como missionário e onde viveu por 16 anos, dirigindo várias instituições de ensino de nível superior.


Seu primeiro contato com o mundo terapêutico foi na África do Sul, em 1964.


Na década de 1960, Bert optou por deixar o sacerdócio e retornar à Alemanha. Ele iniciou seus estudos em Gestalt-Terapia e, posteriormente, foi para Viena, onde se aprofundou em psicanálise e conheceu a psicoterapeuta Herta, que se tornaria sua primeira esposa.


Em 1973, se mudou para a Califórnia para estudar Terapia Primal com Arthur Janov. Neste período também se interessou pela Análise Transacional.


Em 1973, Bert se divorciou de Herta e, posteriormente, se casou com Marie Sophie, sua parceira de vida e trabalho, que o acompanhou até seu falecimento em 19/09/2019. Bert e Marie Sophie viajaram pelo mundo dando palestras, workshops, cursos e treinamentos, além de terem desenvolvido muitos projetos juntos.


Bert Hellinger acumulou vasta experiência de vida e estudos, tendo se aprofundado em diversas áreas como psicanálise, terapia primal, análise transacional e métodos hipnoterapêuticos, entre outras técnicas. A partir dessas influências, ele desenvolveu um novo método próprio de terapia sistêmica e familiar, chamado "Familienaufstellen", que em tradução livre significa "colocação ou posicionamento das pessoas em um sistema familiar". No Brasil, esse método foi adaptado como Constelações Familiares. A abordagem original de Hellinger foi difundida globalmente e, ao longo do tempo, adaptada às necessidades atuais, incorporando novas técnicas e métodos terapêuticos.


Mas qual seria o sentido dessa terapia ter sido nomeada como Constelação Familiar?


Para compreender esse assunto, é preciso refletir um pouco sobre complexos. Os complexos são formados por um conjunto de pensamentos, imagens e/ou ideias que representam memórias congeladas e reprimidas de eventos traumáticos.


A nossa vontade não é capaz de controlar um complexo, já que ele possui autonomia psiquica. Os complexos são autônomos e se comportam como entidades independentes. Eles contêm uma grande quantidade de energia psíquica, o que pode causar distúrbios na consciência. Eventualmente, os complexos "constelam", ou seja, emergem do inconsciente para a consciência, momento em que os eventos começam a se manifestar sem que tenhamos controle sobre eles.


A dinâmica dos complexos é evidente no inconsciente pessoal de cada indivíduo. Quando se trata das Constelações Familiares, essa dinâmica está intimamente relacionada com o conceito de inconsciente coletivo.


Diversos livros escritos por Hellinger foram traduzidos para diversas línguas. A técnica de Constelação Familiar pode ser empregada em sessões de psicoterapia, terapia de casais, ambientes escolares, organizações empresariais, e também na resolução de conflitos em tribunais de família, entre outras aplicações.


Se aprofunde mais neste conteúdo assistindo à aula disponível em nosso canal do Youtube. Este é um estudo que está sendo realizado quinzenalmente, às quartas-feiras e que é compartilhado em nosso canal.


AULA 2 - Introdução sobre Constelações Familiares (Parte 2)




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