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Ser sempre crítico ou autocrítico significa ser lúcido?

Atualizado: 12 de dez. de 2019

Não se iluda que ser crítico significa ser lúcido. Muitas vezes esse processo de autocrítica funciona apenas para chancelar um estado psicológico que nos mantém numa certa zona de conforto.

É importante observar nossas tendências emocionais e desenvolver formas de compreendê-las. É preciso entender a relação que construímos com o meio para que possamos perceber nossas tendências emocionais de uma forma mais palpável, mais concreta.

A prática da meditação nos ajuda a entrar em contato com estas tendências, porém não pelo viés do julgamento. Isso significa que não iremos falsear esta experiência emocional. Exemplificando, no dia-a-dia ao percebermos uma raiva, usamos nossa própria estrutura mental para tentar ressignificar estas emoções de acordo com algum sistema de crenças que possuímos. Então, se estamos sentindo raiva de algo tentaremos justificar essa raiva de alguma maneira; se sentimos uma sensação de euforia, também tentaremos justificar esta sensação e a maneira como criamos estas justificativas nos leva a um estado psicológico compatível com a experiência. Este estado psicológico sempre estará de acordo com a nossa justificativa e nunca contra. Então se tivermos uma variação emocional durante o dia, por exemplo, ela não será discernida por nós e acabaremos agindo de forma reativa diante dela, pois o ser humano é reativo por natureza e sempre se considera certo em suas justificativas.

Mesmo que diante das nossas falhas digamos para nós mesmos e para o mundo que agimos errado, no fundo existe algum mecanismo criado na nossa mente que estará dizendo que tínhamos a nossa razão e que estávamos agindo corretamente. Nestes momentos podemos dizer que somos as piores pessoas, que somos uma porcaria pelo que fizemos, e isso é, na verdade, colocar as coisas como gostaríamos que fossem e não como realmente são dentro de nós.

A prática da meditação combate a manutenção destas zonas de conforto, porém, todos nós devemos fazer estes confrontamentos de acordo com nossas possibilidades e de acordo com nosso ritmo e tempo. Não precisamos ficar em “carne viva” para tentar nos perceber. Cada passo no seu ritmo e sempre para a frente, de forma gradual.

Podemos observar, então, que a prática da meditação não é algo passivo, não é ficar simplesmente com os olhos fechados e nos esforçando para que os pensamentos sumam ou nos estressando quando vem um pensamento. Muito pelo contrário, é deixar que os pensamentos venham e que possamos apenas contemplá-los um a um, de forma tranquila, trazendo à consciência todo o conteúdo interno que anseia por vir.

Na verdade, na prática da meditação, iremos nos “cutucar”, iremos começar a criar elementos para sair da zona de conforto, ou seja, destes conceitos e paradigmas assumidos ou criados que projetam uma estrutura do que chamamos de nossa realidade. Então, meditar é o mesmo que questionar a realidade interior na qual estamos inseridos e que acabamos projetando para o exterior.

Pratique a meditação e comece a fazer uma incrível viagem ao seu interior!

Por Priscila Koller

***(Texto baseado nas percepções feitas através do curso de meditação com Enki Mingrone e nas minhas descobertas pessoais com a meditação.)

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